Somos iguais

Saiu pela noite, pelas ruas do mundo

Procurando os teus olhos, num copo no fundo
Perdeu-se na vida, encontrou-a na voz
Entre o molhe e a avenida, há tanta gente a sós.
Esconderam palavras, por detrás das palavras
Disseram amor, sem se aperceber
Dançaram na estrada, no asfalto dos loucos
Entre o céu e o nada, foram morrendo aos poucos.
E pediram-se um beijo, uma mão que os agarre
Parados no tempo, para que o tempo não pare

E quando perceberam que a noite era só deles
Mataram desejos,
Enrolaram beijos,
Colados ao corpo, perdidos no chão
Então os dois foram um
E o tempo nenhum, para o que tinham para se dar
Põe o teu corpo no meu, deixa a noite acabar,
Então de um fez-se dois, e o tempo depois
Foi tão pouco para viver (…Porque foste embora? …)
Põe o teu corpo no meu, sento o meu a amanhecer...

Enrolou-se num banho, que tomaram a dois
Revivendo o prazer, que vinha depois
Beberam olhares, lugares de veneno
Nas paredes do quarto, o mundo é tão pequeno
Partiram no carro, a voar na cidade
Encantados com a luzes, despistando a vontade
Deram-se as mãos e os corpos também
A duzentos á hora, não os vai vencer ninguém
E pararam o mundo, numa rua qualquer
Num abraço sereno,
Sem ninguém perceber
Sem difamar, ou ocultar
Demais mesmo... esta vontade de te ter... @@
Aug 24, 2009 7:14 PM
Ivo Almeida

0 Comments:

Post a Comment



Mensagem mais recente Mensagem antiga Página inicial

 

Simbiose Perfeita © 2008. Blogger Template by Blogcrowds