Somos um...@

Se as pedras tivessem olhos, chorariam as lágrimas dos mal amados,
Dos insatisfeitos, perdidos e frustrados.
Pois que houve quem ousasse tocar nos céus.
Escalaram juntos uma montanha perdida numa cidade,
degrau a degrau, dos beijos fizeram tinta,
Desenharam as estrelas, encheram a lua de saudade.

Eram dois e a sua sombra era uma.
A bem dizer, naquele baloiço de madeira, nem era nenhuma,
A escuridão não se aproximava,
E a tristeza não se opunha.
Era paixão o que nos corações se escutava,
e o tic tac já pouco lhes importava,
Mesmo o tempo que não era nenhum,
Já era tudo o que contava.
Sagrados segundos, eternidades perduraram,
Foram conservados em memórias sagradas,
Algemas de algodão doce, que não doem nem incomodam nada,
Altar de promessas e procissões,
Para sempre, preservadas.
És o meu livro de histórias encantadas, meu conto de fadas.

As estrelas fizeram amor,
e o que de amor foi feito,
Amor virou.
Sem procurar descobri,
Que já não existe viver sem ti.

Amo-te! Amo-te tanto bebé!.... Obrigada@

Anjo meu


És a perfeição num floco de neve,
A alegria num sorriso de criança,
A monotonia e a mudança.
És o falcão que rasga o céu,
Fita a magoa e nunca é réu,
Confissão de olhares,
és um, és todos e és milhares.
És cada nota ou tom,
Toda a música e todo o som.
Poesia escrita em casca de árvore.
Prosa de loucas mentes,
És a verdade e pureza em tudo o que sentes.


És pólen em forma de saudade,
labirinto em noite de luar,
Jardins de chuva,
Terras de nenhum lugar,
És Água, força e Mar,
Toda a vida e mais alguma.
Toda a verdade e nenhuma censura.
Altar das minhas emoções,
Imagem do meu reflexo,
És todos os quartos de fogo e todas as paixões.
todos os refúgios e recantos secretos.

Amo-te, mais a cada dia, mais a cada minuto, mais a cada segundo.
És todo o tempo do mundo@

Somos nós


Sem perguntar, sei de notícias tuas.
Leio em sinais, esquecidos por aqui.
Esta distância, é um nada que magoa...
Mas eu não consigo,
Existir sem ti...!!!
Se a minha voz, pertence a outra pessoa,
O meu silêncio, não lhe pode pertencer...
Onde estás? Que não te vejo...
Andas longe, no teu vagar...
Procuro apenas no meu desejo,
Porque apenas em mim, te sei encontrar...
Só em mim, te sei encontrar...
Esse «nosso beijo», continua até hoje,
A despedida teve um nome qualquer,
Devagar o tempo foge,
Foge contigo,
E sou eu, que o estou a perder.
Tenho tantos sonhos guardados!!!
Tenho tantas lembranças de nós...
Recomeço os planos adiados...
E começo...
A imaginar-te aqui...
E começo...
A apaixonar-me ainda mais por ti...
Eu amo-te meu pequeno mundo! @

Leva-me em ti



Tornas-te cada vez mais difícil de expressar,
Cresces a uma velocidade inexplicável,
De mãos postas no mundo, incontrolável,
E no entanto sou eu que travo o ar,
Olhas-me com uma febre doce, olhar saudável,
Mais difícil ainda se revela respirar,
Agonizada pelo intervalo dos nossos beijos,
São os calabouços dos meus desejos,
Os refúgios para uma dor que mal se vê.
Revelada apenas em gotas evaporados no calor dos nossos lençóis,
Nas manhãs de chuva em todas as luas ou sois,
Em todas as estradas vazias e calçadas esquecidas,
Gotas de infinita saudade, de paixão.
Paixão nossa.
Paixão minha...

O meu corpo ressaca a tua ausência,
E pede-me mais,
Feito droga ou vicio divino,
entraste tu em mim.
Abracei-te nos meus braços, recebi-te assim...
Embora nunca toxicodependente,
estou completamente perdida em ti!
És feito força maior que habita em mim.

Leva-me amor, leva-me daqui,
leva-me contigo, mas mais importante ainda,
leva-me em ti..

Quero correr ruas descalças,
Conhecer os filhos da vida,
A poeira da miséria,
A verdade numa concha escondida,
Leva-me à lua, ou até ao fim da rua,
Pouco importa, nada importa,
Sem importância, importância nenhuma..

Apenas leva-me daqui, leva-me em ti...
Promete-me amor,
que não te esquecerás de mim,
Leva-me contigo, leva-me daqui....

Partilha-me contigo, entrega-te a mim.
Sou tua..

Leva-me em ti...

Apaixonada por ti@

O que ganhei em ti

Eu e tu, como loucos
Feitos donos da estrada,
Procurando destino, bem entre o tudo e o nada.
Sem saber ler o céu, e com um mapa rasgado,
Engolimos sinais, em sinal de pecado.
Vozes velozes, levando a melhor,
São loucos que vivem na paz, no calor...
Há canções só em nós que nos fazem voar,
Piruetas perfeitas, enganamos o radar.
Sei de um lugar para ti, onde há lugar para mim,
E razões para me esconder.
Hoje sou dono do deserto e de todo o bar aberto
Onde insisto em me perder.
O som da tua sombra, pesa dentro de mim.
Eu e tu, como loucos
Vagueando no pó,
Descobrindo nos outros, o que é estar só.(não mais)
Sentados na lua, onde o vento vagueia,
Olha cinquenta infelizes a pedir-nos boleia.
Encostados na berma, entre o céu e o chão,
Abraçados á terra perdendo a razão.
Correndo o asfalto, como rios num monte
Somos feras sem dono, somos...
O horizonte...
Tenho a paranóia do silêncio,
Tenho medo que é imenso de um dia me acordar,
E não te ver.
Presa por querer-mos á liberdade
E essa história da vontade, que insisto em me defender...
Anda, provoca-me agora!
Está na hora de sentires a minha pele.
Sou como um lobo, o fogo que goza,
Raposa que cruza
O teu sonho mais fiel...

Fórmula secreta

Foste como o brotar de uma flor em mim,
O nascer do sol, o romper do dia,
Trazias luz em ti,
E nem eu o sabia.
Caminhavas apenas com uma vela na mão,
Na via rápida em sentido único para o meu coração,
Passo acelerado, assim como a tua respiração...
Desejos omissos que sucumbiam à razão,
Éramos agora mestres na arte da paixão.
(Tens-me cada vez mais apaixonada coração!)

Cortinados de cores que se teciam,
Mas eram os lençóis tons de água que nos cobriam,
Era o mar da saudade,
E a praia dos nossos primeiros beijos que à memoria emergiam.
Sou como os fios da guitarra, que se prendem a ti,
Linhas num instrumento dono de si.
A música é o teu dom, mas eu ajusto-me assim...
Mãos entrelaçadas,
Almas dadas,
Entregues a nós próprios e um ao outro.
Beijos recentes, novas memórias faziam...

A dependência ganhou um sentido absoluto,
Onde a saudade e o desejo são o soluto,
Numa fórmula perfeita,
Irreversívelmente satisfeita.
Não carece de nada,
Pois nós somos a receita.

Tens-me sempre, e para sempre.@

Apaixonada por ti@

Os olhos tocam-se

Passou-se em Faro, mas podia passar-se noutro local qualquer. Mesmo antes de uma falta sofucante, lá estávamos nós, juntos e unos. Peguei-te na mão como se fosse um remo, acariciei-a como se fossem penas. Olhámo-nos como se fossemos gémeos, e debaixo de água dos olhos e coração, cavamos um túnel que ligava penínsulas, ilhas e continentes, ligava Faro a Lisboa, com infâncias comuns e jogos de rodas. «Lindas faluas, que lá vão, lá vão...» e um lenço branco como todos os lençóis em que dormimos.
Sobre meu coração, pousava uma mão de mulher, sobre essa mão descansava a minha. Carícias lentas, ao ritmo de brisas, trigo e lezírias do Alentejo, da mesma cor. olhos nos olhos, sorrisos que se cuidavam. Ruínas de pedras sobrepostas, e um entendimento de olhares. A minha mão que cobria a tua. Devagarinho, dedos entrelaçados. Nesse momento, ensinaste-me algo que não houve professor, nem faculdade que mo tivesse dito antes. Afinal é possível que os olhos se toquem.
PS: Já passamos por sismos que nem damos por isso, e tão concentrados que estamos um no outro. Notável.
Ivo Almeida

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