Se...

Se tu sentisses...
Tudo o que me privo de sentir,
Que por entre medos e receios tento mentir...
Se tu sentisses, tudo o que podias sentir...

O quanto bem me faz o teu existir,
Bebe, se tu sentisses tudo o que tens a sentir...

Os rios chorariam...
E quando o teu toque fosse eterno,
A palavra fosse inútil,
Quando o teu coração sintoniza-se com o meu,
E a vontade movesse céus...

Ai ter-me-ias,
Pois seria teu de direito, o que já teu era antes,
E ser-te-ia entregue a chave do maior desafio,
Estimar sem dar por certo, tudo o que certo fosse,
Pois mesmo quando não se nota, o coração chora,
Quando não se mostra, a alma cora...

E o mundo é tão grande meu lindo,
Os desafios maiores ainda,
A incerteza é a maior certeza,
Mas só a seguir ao teu querer...
Pois por mais que o evite pensar,
É no sentir que está a razão,
do sentir que brota a paixão,
E a maior certeza é aquela que se sente com o coração.
Palavras, parecem tão insignificantes,
Fazem de mim tão indefesa...
Mas é o maior instrumento e uso-o sem perdão,
Talvez seja inconsciente mas uso-as na mesma.

Queria dar forma ao que sinto,
A tudo o que já senti,
Pois apesar de já formado,
Carece de ti...
Julgo que sabes,
Mas já preciso de ti...

Faz-me feliz, saber que estás bem,
Que és corajoso, sobrevives, e também gostas de alguém,
Sinto me feliz, quando perdoas e não sabes a quem,
Que a tua alma se enche de desejo e procura mais além.

Feliz porque caminhas, e só olhas para trás para te lembrares q deixas pegadas,
Que abandonas mas deixas marcas,
Feliz, porque na tua ausência,
Se encontra também a tua presença.

Feliz porque não sinto saudades de sentir saudade,
Continuo a corar quando me dizes...
Palavras de pura sinceridade...
A desviar o olhar da câmara,
Apesar de repentinamente,
Repleta de serenidade,
Pois o teu olhar capta
O que a alma não esconde,
E a tua alma sente,
O embalar da fome...

Grande e extensa toda a minha vontade,
De Ter-te nos braços,
Deixar que a musica te embale,
Que o calor do meu corpo te recolha,

Que os meus dedos sejam o lago das tuas predições,
Que os meus contornos reflexos das tua ambições,

E toda a magia carece de repetições,
Das verdades, das emoções...

Gosto-te...
Quase tanto como por vezes temo de ti...
Que te percas da estrada que te trás a mim...
Que não a desejes tanto quanto eu a ti...

Como explicar tudo o que te queria mostrar?
O bater do coração a acelerar?
Como mostrar tudo que te queria dar?
Como fazer sentir, todo o desejo de te abraçar?

E como egoísta que sou, talvez roubar?
Guardar para mim, tudo o que me pudesses dar...
Tudo aquilo que não conseguisses evitar...

És a saudade do beijo que fica por dar...
Do amanhecer, do recordar...
Que todo o amanhã seja feito de tocar,
De sentir, de murmurar...

Suspirar... Adoro-te
E amanha, também te irei adorar...

Que os sinos toquem,
As gaivotas voem,
Que seja natural, tudo o que natural é,
Que seja banal, tudo o que banal for,
Mas que não fique por dizer...
Tudo o que dizer tiver que ser...

Gosto de ti,
E de ti gostarei sempre que assim tiver que ser...
Que seja tão natural como são os calafrios numa noite de verão,
Tão banal como o retroceder do tempo.

Que sem explicação,
O vento sopre na tua direcção
Que durmas embalado na minha memoria,
Tão certo como te embalo no coração...

Que sejas melodia, em qualquer estação...
Que existas...
E que caminhes também dando-me a mão
E mesmo que não precises, que saibas que estou ai para então...

Gosto de ti, mesmo que não tivesse 1001 razoes para gostar,
Gosto de ti, mesmo que não transcendesse todo o gostar.
Gosto de ti, mesmo que não fosse preciso gostar...
Gosto de ti, porque gosto de ti gostar...

Gosto de ti bebe
E adoro, a ti adorar...
Andreia Ramos

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