Que se passa?

Sinto me perdida...
Sinto me a sufocar lentamente em receios.
Nas minhas loucuras, devaneios...
Sinto-me a cair, e não sinto o chão,
Tudo é poeira, tudo é pó, diz-me que não...

Não te queria perder sem antes dar o toque de realidade à imaginação,
Soltar de mim a tempestade, a maré, o tufão,
Remoinhos de vontade são a minha motivação.
A chama que em mim arde, a razão...
Da loucura faço paixão...

Acho que da mesma maneira que a neve queima,
O fogo em mim gela...
Gela-me a pele,
Gela me o corpo...
Consome-me o espírito
Tenho arrepios em noites quentes...
Tenho frio
E tenho sede de calor...

Diz me por favor o que é isto que sinto,
Diz me o que é isto que se funde em mim,
Que se entranha em mim...
Que me toma, e faz de mim o que quer...

Sou matemática no sentir,
Faço contas para não doer...
Mas perco-me por entre as somas e subtracções,
Perco-me em mutações...
Que o que sinto renova-se,
E o que sou molda-se...
Perco-me na tua procura...
Porque és vento, e és sonho,
Porque te vejo lindo,
Natural...
E sem explicação,
Porque com o tempo tens me seduzido,
E eu tenho deixado...
Porque com o tempo tens evoluído,
E eu tenho ficado...

Oh bebe, porque que és tão frágil?
Porque que te foste tornar tão pequeno...
O suficiente para passares pelas portas de ferro,
Pelos guardas gigantes,
Os cães que dormem de olhos abertos...
O suficiente para penetrares em mim,
E aninhares-te no coração...
Lindo, o meu refugio secreto...
O lugar sem tempo,
Onde a luz passeia distraída,
Céu azul, mar, e tudo é vida,
Tudo é sonho e magia...

Lindo, não te percas de mim,
Porque eu me perdi em ti...
Lindo não te percas de mim,
Não me percas a mim...

E por favor, não me apontes para outras colinas,
Onde a relva também é verde,
Onde o sol também brilha,
Onde a lua também ilumina...

Sei que há mais,
Que a vida tem mais sonhos,
Mais fantasia,

Mas não quero perder o que descobri,
Não quero perder o que dei,
Tanto de mim penhorei...
Tanto em mim...

Não quero mais Invernos desertos,
Nem Verões incertos,
Não quero mais somas,
Ou lugares concretos,
Se tudo é abstracto,
Então tudo é certo...

Desculpa, mas não percebo o que se passa,
Apenas sei que te quero...

Não faço suplicas à razão,
Nem tão pouco me arrasto por atenção,
Não me meto de joelhos e espero perdão,
Tudo o que deres, que venha com o coração,
Que te entregue a ti, e nada mais então,
Que te traga a mim, mesmo que sem explicação.

Que tudo o que venha, venha do coração,
Os que falam sem falar,
Ouvem sem ouvir,
Tocam sem tocar,
E tudo conseguem sentir...
Nesses a mentira não se abriga,
A intriga não conspira,
A verdade é pureza,
E a pureza é sincera...

Despida de capas aqui me tens,
nua aos teus olhos aqui me tens,
Estuda-me,
Observa-me,
E diz me o que vês...
O que sentes?...
Estuda-me...
Disseca-me...
Mas o que sentes?...

Take your time... but please
dont take to long...
Andreia Ramos

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