Hoje sinto o meu corpo,
Sinto a minha consciência,
Mas quem sabe...
Quem sabe amanhã...
Talvez amanhã, seja o dia em que a minha existência será avassalada pela minha ignorância.
Que o meu sofrimento será atenuado pela sabedoria misericordiosa,
Talvez amanhã as marés subam, e o meu mundo se distraia
Talvez...
Mas hoje,
Hoje caminho de pés descalços,
Cabeça erguida,
Hoje caminho, destemida
Á velocidade de um passo por dia...
Tudo se esfumaça,
Depois a poeira assenta,
As marés recuam,
Os vales aguardam a chegada do sol,
Os pássaros são os primeiros a dar sinal de vida,
Eu sou a última a acordar,
Fui porém também a ultima a adormecer...
Ergo os braços para o céu,
E num grito de Guerreira,
Reclamo o terreno que outrora fora meu,
Imponho a minha liberdade,
Maior a asneira.
Só somos livres quando nada possuímos,
Pois por nada nos vendemos...
Senti a diferença...
Hoje a planície foi mais extensa,
O dia mais comprido,
A minha vontade mais ansiosa,
O meu ser mais tenebroso...
Quando o amanhã vier de novo,
já estarei à espera...
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