Inventaste-me o céu

Sem sabermos, a cidade parou.
Uma noite, que afinal não chegou…
E tu como um livro, no branco das páginas, e eu a ler-te nas lágrimas, que a manhã acordou…
Sem sabermos, inventamos a dor.
Sem saber, abracei-te demais, uma porta fechada, os teus passos na escada a fazerem sinais;
E a vida é um jogo, um instante infinito, um quarto de fogo a esconder cada grito,
E antes do fim, antes de ti,
Amanhã,
Parto contigo,
Amanhã, foge comigo!
Amanhã, longe daqui,
Amanhã leva-me em ti…
Sem saberes, escrevemos as ruas,
Uma sombra, desfazendo-se em duas;
E tu como um filme, na vertigem da morte, eu aqui nesta sorte com a mão a um passo da pele.
Sem saberes, inventaste-me o céu…

Aug 19, 2009 8:18 AM

Ivo Almeida

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